EUA: médicos estudam
como a fé afeta a saúde
(Por Terra Notícias)
Um
grupo de cientistas do Centro da Espiritualidade e da Mente da Universidade da
Pensilvânia, nos Estados Unidos, está investigando como a fé e a
espiritualidade afetam a saúde e o comportamento humano. A partir de análises
de imagens computadorizadas, eles
verificam o comportamento de determinadas áreas cerebrais e a alteração de
níveis hormonais.
"A
espiritualidade e a fé não estão
necessariamente relacionadas com a fé religiosa", disse Andrew Newberg, diretor do centro.
Segundo ele, os sentimentos de clareza e
bem-estar podem vir também de outras expressões artísticas, como meditações
não-religiosas, um bonito pôr-do-sol ou ao ouvir música. "Ateus também
têm fé", disse.
Em
um dos estudos comandados pelo centro, Newberg e seus colegas analisaram
imagens computadorizadas do cérebro de um cristão petencostal praticando a glossolalia,
uma espécie de oração em que são murmuradas línguas estranhas. Depois,
repetiram o mesmo procedimento em um grupo enquanto cantava música gospel.
Comparando os dois resultados, o grupo que praticava a glossolalia teve uma diminuição das atividades na parte do
cérebro relacionada à linguagem.
Outro
estudo recente analisou os dados obtidos a partir da meditação de budistas
tibetanos e de monges franciscanos rezando e comparou os resultados medindo os
níveis de atividade cerebral. Ambos os grupos mostraram uma diminuição das atividades nas partes
ligadas à consciência e a orientação, o que sugere, segundo os cientistas, um
encontro com "Deus". A reza e a meditação também aumentaram os níveis de dopamina,
neurotransmissor associado ao estímulo da atividade cerebral.
"Poucos
olham para a espiritualidade a partir de um lado neurológico", disse o
médico Newberg, que conta com uma equipe multidisciplinar de pesquisadores que
exploram o relacionamento do cérebro com a fé baseados em pontos de vista
biológicos, psicológicos, ideológicos e sociais.
Segundo
o médico Daniel Monti, um dos integrantes dos estudos, o centro integrado de
medicina Universidade da Pensilvânia trata de pacientes com câncer, dores
crônicas e outras doenças trabalhando com meditação e dietas apropriadas junto
com as terapias convencionais. Ele diz que a prática, antes vista com um certo
preconceito, está começando a ser amplamente aceita pela comunidade médica e
pelos pacientes.
FONTE
DE PESQUISA:
TERRA NOTÍCIAS. EUA:
médicos estudam como a fé afeta a saúde. Medicina (Domingo, 28 de janeiro de
2007, 15h52). Disponível em: http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1375275EI8148,00.html.
Acessado em: 21 de janeiro de 2009.
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